Uruly

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Por Uruly

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Sobre

Foi expulso da comunidade dos anjos por sua personalidade altamente rebelde, arrogante e egocêntrica. Sempre foi julgado pelos seus colegas por ter asas negras e não brancas como tais, então seu espírito altamente anarquista foi despertado. Não aceita receber ordens de quem quer que seja e não aceita que contrariem suas afirmações – mesmo que elas sejam totalmente ignorantes. Adota a filosofia do “Eu posso não ter controle sobre mim, mas lutarei até o fim contra quem tentar me controlar” e não usa rótulos sexuais – gostando assim de machos ou fêmeas de qualquer espécie que seja –, porém tomou a definitiva decisão de não se relacionar com ninguém, pois não estariam à altura de compreender sua perspectiva de visão (sem contar que ninguém nunca suportou seu jeito grosseiro de ser). Tem profundo ódio de qualquer emoção ligada ao amor, compaixão ou tristeza, porém é empático e possui senso de reciprocidade. Tem DZKYIN como seu melhor amigo e companheiro, pois foi aquele que chegou mais perto entender seus pontos de vista. Tem pavor (e até nojo) de sons melódicos e emocionais, preferindo assim o tipo mais barulhento, desconfortável e ruidoso; desse modo produzindo aquilo que chamamos de Noisecore, ou “extremo ruído”, o que o leva a ser julgado, ofendido e mesmo discriminado, pois é um estilo que muitos não ousariam chamar de Música... Porém tudo que ele faz é levantar o dedo do meio e dizer o tradicional “Foda-se” em sua forma arrogante de ser.

Indomável: O Ascender Do Arcanjo Rebelde

Prólogo


Muitos são capazes de achar que nas pequenas comunidades todos vivem em harmonia, paz, amor e união; mas a verdade que não conhecem é que preconceitos e discriminações não se baseiam em número, e sim na qualidade das mentes que habitam determinado local. Hony nasceu em um desses povoados isolados que se chamava Angélia. Entretanto ao contrário de muitos pais que choram de emoção quando veem o rostinho lindo de seu filho pela primeira vez, os pais de Hony não o lançaram o olhar amoroso que anjos comumente lançavam aos seus recém-nascidos. Seu pai Josuel era um dos generais da comunidade; um poderoso arcanjo diretamente conectado à alta elite do clero. Sua mãe uma fiel aliada da agricultura local chamava-se Denyzia. Ambos de alta importância e privilégios no vilarejo foram abençoados com um filho diferente – que significava defeituoso na linguagem mais discreta: um lindo anjinho de asas negras. Isso mesmo! Asas negras... Negro, a cor mais repudiada pelos seres angelicais.

Você deve estar perguntando o que eram as comunidades de anjos... Bem, a história gira em torno de nosso querido Hony – que futuramente viria a ter seu nome drasticamente alterado –, porém para entendermos tudo que tal passou, precisamos ter noções básicas sobre as políticas dos vilarejos angelicais.


Parte 1: O Refúgio dos Anjos


É um fato bastante conhecido de que anjos tem uma forte distinção daquilo que eles rotulam de Bem e Mal. O que atrair o Bem é bem vindo a todos, mas o que atrair o Mal estará banido para sempre de sua existência. Por haverem julgado o mundo como insano e fértil para as raízes do mal, os líderes supremos dividiram seus povos em isolados pontos do mundo, formando assim distintas comunidades isoladas onde tais concordaram em apenas semear o bem entre seus habitantes. Nada de violência, nada de ganância ou inveja; apenas paz, amor e solidariedade.

Anjos são constantemente calmos e altruístas, porém qualquer coisa eu fuja aos seus padrões culturais são deformidades que devem ser consertadas ou deserdadas. Asas brancas eram as mais comuns, porém as douradas faziam mais sucesso por seu brilho e beleza. Chegavam até o quadril nos anjos comuns, mas nos arcanjos costumava atingir os joelhos – sendo assim, apenas os arcanjos possuíam a capacidade de alçar voou a alturas mais elevadas e permanecer mais tempo no ar. Suas artes se baseavam na pintura e na música, sempre com temas sentimentais, doces e romancistas, sempre apelando para as cores claras e os sons suaves. Arpas, vocais e flautas eram frequentes nas composições musicais. Quando corais não estavam fazendo suas diárias apresentações, o silencio era o único som que podia se ouvir em tais povos.

Por haver nascido com sangue de arcanjo, Hony tinha lindas asas negras ao atingir a época da puberdade, porém costumava ser discriminado por seus colegas pelo fato de ser diferente. O chamavam de “Caído”, pois era conhecido que o anjo rebelde que foi banido da comunidade há centenas de anos atrás possuía asas negras. As histórias circulavam sobre o poderoso arcanjo que havia tentando lutar contra todo o sistema moral deles, e assim iniciou uma guerra civil – estimulando outros anjos e assim sendo todos banidos pelo supremo arcanjo líder.

Hony era sempre associado a tal, pois havia dificuldades para se enturmar e vivia na barra do vestido de sua mãe, que era a única que o amava do jeito que ele era, mesmo acreditando que a cor de suas asas referia-se a algum tipo de doença física, não mental como muitos acreditavam. Seu pai por outro lado o encarava sempre com um olhar de desgosto, mesmo afirmando que o amava incondicionalmente, pois ainda era seu filho. O que Hony não gostava era que o tratavam como coitadinho, doente e desorientado, quando tudo que ele queria era apenas compreensão. Chorava muito quando estava sozinho e era muito infeliz. Não conseguia se incluir entre seus colegas, em grupos de arte e até mesmo seus professores o tratavam de forma “especial”. Enquanto todos pensavam que estavam tentando ajudar, tudo que acontecia era florescer no coração do pobre jovem ódio e mais ódio pela vida que tinha.


Parte 2: Até Mesmo O Diabo Um Dia Já Foi Um Anjo


Às vezes a psicologia ou mesmo a experiência nos diz que a reação mais provável para um excluído social é a depressão, porém tal surge com tristeza, culpa e angústia; geralmente coisas ligadas a uma autoflagelação espiritual, porém não era o que acontecia com nosso Hony. Ele não sentia culpa por ser quem era e nem odiava o ser, então começou a criar ódio do próprio povo que vivia o tratando como inferior e diferente. Sua raiva e revolta apenas foram aumentando ao decorrer dos anos, e durante a adolescência ele já estava farto de toda aquela vida pacata de melodias irritante e artes românticas que ele nunca se adaptaria. Começou a questionar-se o que haveria além dos muros da comunidade, como seria o mundo lá fora e se ele fosse melhor do que ali (coisa que ele pensava que qualquer lugar seria). Não apenas começou a questionar isso, mas também as relações mais íntimas de um macho e uma fêmea. O ponto dessa questão é que na cultura dos anjos, a cópula apenas era permitida e executada após a união oficial com a presença de um arcanjo do clero e a masturbação era vista como algo impuro. O sexo não deveria ser feito apenas por fazer, pois para os seres angelicais era um ato a ser compartilhado para o bem de ambos e da comunidade (procriação).

Quanto mais Hony ia descobrindo sobre as culturas do próprio povoado, ele ia criando mais raiva e repulsa a tais. Não suportava mais aquela música melancólica e pacata de todas as noites e nem os maus olhares de todos os dias. Querendo descobrir o que a vida tinha a proporcionar, começava a dar pequenas fugidas noturnas do vilarejo (já que era um arcanjo, suas asas conseguiam alçar voo o suficiente para avançar o muro – claro que ele já falhou muito antes de ter tido sucesso nessa tarefa). Inconvenientemente, era extremamente proibido atravessar os muros da comunidade, pois era conhecido por todos que lá fora havia as piores maldades do universo, e apenas aqueles com autorização dos líderes poderiam deixar o local por tempo limitado. Lá fora, Hony ouvia os diferentes sons e ruídos ambientes. Carros buzinando, naves pelos ares, um tipo de música diferente, cores diferentes, toda uma essência totalmente diferente daquela que ele conhecia nas limitações do muro. Pensou em simplesmente fugir e abraçar todo esse leque de novidades, porém ainda considerava muito sua mãe, que era a única pelo qual sentia um amor mais verdadeiro. Fez das fugas noturnas seu hábito e sempre buscava ouvir os mais diferentes tipos de sons existentes. Tinha paixão pelo barulho, pois tudo que havia no vilarejo eram harmonia e silêncio, então logo se fascinou pela poluição sonora que emanava das cidades – sempre sendo cuidadoso para que não o vissem tanto do lado de fora quando do lado de dentro. A curiosidade sexual despertou conforme os anos estavam passando e logo foi sentindo interesses em explorar o próprio corpo e os alheios. Sabia bem que todos os anjos honravam ao extremo o costume de apenas copular após a união e também que ninguém iria aceitar suas “más influencias”, então tudo que podia explorar era a si mesmo. Começou a tocar-se até sentir seu primeiro orgasmo. Após isso se questionou porque era considerado alto tão sujo se era tão bom. Acreditava que outros também deveriam experimentar, mas a quem ele poderia contar? Ou melhor, com quem ele iria querer compartilhar uma descoberta como essa? Ele sentia repulso a todos que não eram seus pais.

Em uma de suas escapadas noturnas, por descuido, foi flagrado por um dos guardas sentinelas e detido como criminoso que havia infringido as regas da comunidade dos anjos – mas não antes de violentar dois dos guardas que tentaram imobilizá-lo. Da prisão ele podia ver o rosto de sua mãe em lágrimas implorando para que soltassem seu amado filho, mas seu pai a estava consolando e ambos aguardando o julgamento do dia seguinte. Antes de Hony, os anjos não haviam executado sequer um julgamento há gerações, porém cada vez mais todos estavam convencidos de que estariam julgando o novo Caído.


Parte 3: Meu Nome Não É Hony!


Sentado no banco dos réus, as acusações começaram a serem ditas e perguntas a serem feitas. Sem qualquer instinto de mentir, Hony respondia sinceramente quando o perguntavam sobre seus isolamentos, comportamentos anormais, notas baixas escolares e fugas noturnas para o mundo da maldade. Sua mãe chorava para que não o condenassem e seu pai intercedia dizendo que iria curar ele, pois desde que nasceu sempre achou que o motivo de suas asas negras fosse a razão de seu comportamento rebelde. Porém o que ninguém sabia – nem mesmo Hony – era o motivo pelo qual ele assim nasceu. Houve sempre suposições colossais e conspirativas sobre a origem do problema, mas nada 100% comprovado, apenas comentado. Quando o juiz finalmente deu sua sentença de reclusão em domicílio com observação dos pais e com prazo de tratamento, Hony exaltou-se e disse tudo o que pensava sobre aquela comunidade. Disse que não era ele que precisava de tratamento, pois quem estava doente eram eles. Disse que eram infantis, insignificantes, limitados, estúpidos,patéticos, manipuladores e várias outras coisas que deixaram todos de boca aberta. Para completar ainda exclamou que ele era apenas aquilo que eles haviam criado. Alçou voo, olhou para sua mãe fazendo o gesto do “Eu te amo” com as mãos e voou para longe dali, ouvindo os gritos atrás dele que diziam “Nunca mais volte aqui!”, “Se voltar, nós te mataremos!”, “Seu incontrolável!”, “Caído!” e vários outros que apenas o faziam ter mais fôlego para voar mais alto para mais longe. Entretanto, antes que cruzasse a fronteira do vilarejo, virou-se para trás e gritou “Hony não existe mais! Vocês de agora em diante apenas ouvirão falar de mim como Uruly, aquele que não pôde ser dominado!”, alçando um forte voou com suas belas e grandes asas negras para longe dali com apenas a sua fé de que tudo dali para frente seria totalmente diferente de tudo que havia vivido até agora, e que apenas isso seria melhor que todo o resto de vida pacata que ele poderia ter passado em Angélia.

A carreira musical de Hony – agora Uruly – começou conforme tal foi conhecendo a respeito da música Noise, onde se encontrou com seu amigo DZKYIN no qual o mostrou um maravilhoso mundo de ruídos e sons dos mais variados possíveis. Porém isso meus amigos, é história para outra história...


Texto por: Juan V.


Discografia


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Bandcamp: https://uruly.bandcamp.com/